domingo, 21 de outubro de 2012

Integrantes

         1º D

Bianca     nº 04
Caroline   nº 06
Stefani     nº 23
Yasmin    nº 29

Introdução


            Esse blog terá como tema o Romantismo, um movimento artístico que surgiu durante o século XIX, na Europa, sendo trazido para o Brasil.
            Ele abrangeu diversas áreas como a literatura e a filosofia, com sua característica mais marcante, elevar o sentimento acima do pensamento, ou seja, propor que a emoção estava à cima da razão.
            No Brasil país ele foi dividido em Primeira, Segunda e Terceira Geração, cada uma com suas individualidades que marcaram a Literatura do nosso país.

Romantismo


O Romantismo foi um movimento artístico ocorrido na Europa por volta de 1800, que representa as mudanças no plano individual, destacando a personalidade, sensibilidade, emoção e os valores interiores.
Atingiu primeiro a literatura e a filosofia, para depois se expressar através das artes plásticas.
A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revoluçao Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento.
A produção artística romântica reforçou o individualismo na medidade em que baseou-se em valores emocionais subjetivos e muitas vezes imaginários, tomando como modelo os dramas amorosos e as lendas heróicas medievais, a partir dos quais revalorizou os conceitos de pátria e república. Papel especial desempenharam a morte heróica na guerra e o suicídio por amor.

PINTURA

A pintura foi o ramo das artes plásticas mais significativo, foi ela o veículo que consolidaria definitivamente o ideal de uma época, utilizando-se de temas dramitico-sentimentais inspirados pela literatura e pela História. Procura-se no conteúdo, mais do que os valores de arte, os efeitos emotivos, destacando principalmente a pintura histórica e em menos grau a pintura sagrada.
As cores se libertaram e fortaleceram, dando a impressão, às vezes, de serem mais importantes que o próprio conteúdo da obra. A paisagem passou a desempenhar o papel principal, não mais como cenário da composição, mas em estreita relação com os personagens das obras e como seu meio de expressão.

Na França e na Espanha, o Romantismo produziu uma pintura de grande força narrativa e ao mesmo tempo dramática e tenebrosa.

ARQUITETURA

A arquitetura do Romantismo foi marcada por elementos contraditórios, fazendo dessa forma de expressão algo menos expressivo. O final do século XVIII e inicio do XIX forma marcados por um conjunto de transformações, envolvendo a industrilaização, valorizando e rearranjando a vida urbana. A arquitetura da época reflete essas mudanças; novos materiais foram utilizados como o ferro e depois o aço.
Ao mesmo tempo, as igrejas e os castelos fora dos limites urbanos, conservaram algumas característica de outros períodos, como o gótico e o clássico. Esse reaparecimento de estilos mais antigos teve relação com a recuperação da identidade nacional.
A urbanização na Europa determinou a construção de edifícios públicos e de edifícios de aluguel para a média e alta burguesia, sem exigências estéticas, preocupadas apenas com o maior rendimento da exploração.

ESCULTURA

A grande novidade temática da escultura romântica foi a representação de animais de terras exóticas em cenas de caça ou de luta encarniçada. Não se abandonaram os motivos heróicos e as homenagens solenes na forma de estátuas superdimensionadas de reis e militares. Em compensação, tornou-se mais rara a temática religiosa. 




Primeira Geração



A frase "Tudo pelo Brasil e para o Brasil",  foi a primeira a promover a difusão consciente do Romantismo no país. O programa de reforma e nacionalização da literatura brasileira, veiculado por artigos e estudos publicados em revistas.
São autores representantes dessa geração Gonçalves de Magalhães, introdutor do romantismo, e Gonçalves Dias, com temas indianistas e patrióticos. 

Contexto Histórico


Sob a liderança de Magalhães, um grupo de homens públicos e letrados articulou as primeiras manifestações do Romantismo no Brasil, num momento caracterizado pela tentativa de definição de uma identidade nacional, devido ao processo de emancipação desencadeado por causa da independência política conquistada pelo Brasil em 1822.  
Desde a chegada de D. João VI, em 1808, houve um grande impulso no país. Nas três primeiras décadas do século XIX, foram fundadas dezenas de jornais e revistas, a maioria de duração efêmera. Mas a proliferação desses periódicos, geralmente dedicados à política, literatura e ciências, exprime a urgência e o anseio de expressar e fazer circular publicamente o conhecimento e a opinião.
           O livro Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882), publicado em 1836, é tido como marco fundador do Romantismo no Brasil.

Características



O nacionalismo ufanista: exaltação a pátria, de forma exagerada, em que somente as qualidades são enaltecidas;

O indianismo: o índio era imaginado a partir do ideal cavalheresco do romantismo medievalista europeu. Espírito nobre, seus valores são sobre tudo a honra, honestidade, franqueza e lealdade;

Cor local: é a valorização da natureza brasileira em oposição à europeia;

Idealização: é a visualização da pátria, índio, mulher e amor melhor do que realmente são.
 religiosidade.

Autores



Gonçalves  de Magalhães: considerado o homem que iniciou o romantismo brasileiro, Domingos José Gonçalves de Magalhães , nasceu em Niterói em 1811 e , após formar-se em medicina, viajou para a Europa, onde tomou contato com as ideias românticas. Em 1836, junto com Araujo Porto Alegre, Torres Homem e Pereira da Silva, fundou, em Paris, a “Niterói – Revista Brasiliense”. Nesse mesmo ano publicou “Suspiros Poéticos e Saudade”, considerado o marco inicial do Romantismo no Brasil. Em 1837, Gonçalves de Magalhães retornou ao Brasil e em 1847 ingressou na carreira diplomática.Foi exercendo essa função que o escritor faleceu, em Roma, no ano de 1882. Sua poesia cultivava os valores fundamentais do romantismo na primeira frase, ou seja, a religião, patriotismo, etc.
Suas principais obras foram: Poesias(1832), Suspiros Poéticos  e Saudades (1836), Discurso sobre a História da Literatura no brasil(1838), Olgiato(1839), A confederação de Tamoios(1856), Os mistérios (1857), Fatos do espírito humano(1865), Urânia(1862), Cânticos fúnebres(1864), A alma e o cérebro(1876) e Comentários e pensamentos(1880).

Veja um trecho:

SUSPIROS POÉTICOS  E SAUDADES

"Quando da noite o véu caliginoso

Do mundo me separa,

E da terra os limites encobrindo
,
Vagar deixa minha alma no infinito,

Como um subtil vapor no aéreo espaço,

Uma angélica voz misteriosa

Em torno de mim soa,

Como o som de uma frauta harmoniosa,

Que em sagradas abóbadas reboa."



Gonçalves Dias: o poeta se orgulhava de ter no sangue as três raças formadoras do povo brasileiro (branca, indígena e negra), nasceu no Maranhão em 10 de agosto de 1823. Em 1840 foi para Portugal cursas Direito na Faculdade de Coimbra. Ali, entrou em contato com os principais escritores da primeira fase do romantismo português. Em 1843, inspirado na saudade da pátria, escreveu “ Canção do Exílio”.No ano seguinte graduou-se bacharel em Direito. De volta ao Brasil, iniciou uma fase de intensa produção literária. Em 1849, junto com Araujo Porto Alegre e Joaquim Manuel de Macedo, fundou a revista “Guanabara”. Em 1862 retornou à Europa para cuidar da saúde. Em 1864, durante a viagem de volta ao Brasil, o navio Ville de Boulogne naufragou na costa brasileira. Salvaram-se todos, menos o poeta que estava na cama em estado agonizado, acabou sendo esquecido.
Suas principais obras foram: Primeiros cantos (1846), Leonor de Mendonça(1847), Segundos cantos e Sextilhas de Frei Antão (1848), Últimos cantos(1851), cantos (1857), Os Timbiras(1857), Dicionário da língua tupi(1858), Obras póstumas (1868-69), Obras poéticas(1944), Poesias completas e prosa escolhida (1959) e Teatro completo (1979).

Veja um trecho:

   CANÇÃO DO EXÍLIO
   "Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá;
   As aves que aqui gorjeiam,
   Não gorjeiam como lá.
   Nosso céu tem mais estrelas,
   Nossas várzeas têm mais flores,
   Nossas flores têm mais vida,
   Nossa vida mais amores.
   Em cismar, sozinho, à noite,
   Mais prazer encontro eu lá;
   Minha terra tem palmeiras,
   Onde canta o Sabiá.
   Minha terra tem primores,
   Que tais não encontro eu cá;
   Em cismar - sozinho, à noite -
   Mais prazer encontro eu lá;
   Minha terra tem palmeiras,
   Onde canta o Sabiá.
   Não permita Deus que eu morra
   Sem que eu volte para lá;
   Sem que desfrute os primores
   Que não encontro por cá;
   Sem qu'inda aviste as palmeiras,
   Onde canta o Sabiá."