domingo, 21 de outubro de 2012

Contexto Histórico



As ideias liberais, abolicionistas e republicanas formam a base do pensamento brasileiro no período de 1870 a 1890. Influenciados por Auguste Comte (1798-1857), Charles Darwin (1809-1882) e outros pensadores europeus, escritores como Tobias Barreto(1839 - 1889), Sílvio Romero (1851-1914) e Capistrano de Abreu (1853-1927) empenham-se na luta contra a monarquia. Ao lado deles, Joaquim Nabuco (1849-1910), Rui Barbosa (1849-1923) e Castro Alves (1847-1871) também se destacam na divulgação do novo ideário.
Influenciados por essa filosofia positivista, escritores importantes como Tobias Barreto, Silvio Romero e Capistrano de Abreu empenham-se na luta contra a monarquia. Ao lado deles, intelectuais de vasta formação humanística, como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa, e poetas de grande expressão, como Castro Alves, assumem papel de destaque na divulgação do novo ideário.
Mesmo antes deles, já na década de 1860, é possível identificar a fermentação de ideias em favor da abolição e da República, com o aparecimento dos primeiros panfletos e jornais que defendiam o fim da escravidão e o estabelecimento de um regime republicano, o que resulta na fundação do Partido Republicano, em 1870. Nessa mesma década, quase duzentos mil imigrantes chegam ao Brasil para trabalhar nas lavouras de café do Sudeste, num processo que anuncia a substituição do trabalho escravo pela mão-de-obra livre.
O fim da década de 60 assinalou o início de uma crise que atingiu a classe dominante, composta por senhores rurais e grupos de exportadores. As primeiras indústrias, o encarecimento do escravo como mão-de-obra e a utilização de imigrantes nas fazendas de café de São Paulo indicavam mudanças na ordem econômica.
Por esta época, começaram a se manifestar as primeiras fraturas na até então sólida visão das elites dirigentes. O nacionalismo ufanista começou a ser questionado. Estudantes de Direito, intelectuais da classe média urbana, escritores, jornalistas e militares se davam conta da existência de uma considerável distância entre os interesses escravocratas e monarquistas dos proprietários de terras e os interesses do resto da população. Foi então que a literatura assumiu uma função crítica.

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